sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A maturidade exigida no imediato.

"Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem."
Trecho de "Filtro Solar" – Mary Schmich

Segundo dados do IBGE, a média de vida dos brasileiros ultrapassou os 72 anos. Em geral, a chegada à meia-idade (lê-se dos 30 aos 40 anos) no universo masculino, é como que um "passaporte para a vida adulta". Isso não quer dizer que o homem até chegar aos 30 seja um grande "fanfarrão", mas o fato é que, não nos colocamos a pensar seriamente no futuro até então, sem generalizar é claro!

É certo acharmos que a grande parte de nossos sonhos já deveria ter se concretizado nessa idade, porém, quando damos uma olhada na nossa "lista" e notamos que a grande maioria não foi alcançada, e que obviamente a infinidade de coisas que gostaríamos de ter feito é imensamente maior das que realizamos, temos um único resultado: crise.
É chegada a hora de levar a sério o verbo objetivar, tanto na vida pessoal, profissional e, principalmente afetiva. Também é chegada hora de saber o que vamos fazer com o resto de nossas vidas. É hora de reinventar-nos.

Sabemos que não somos nem de perto os mesmos de um ano atrás, nem do tempo que deixamos passar, seremos diferentes amanhã e, depois de amanhã mais diferentes ainda. Estamos num eterno processo, nos moldando, nos aperfeiçoando, amadurecendo, somando experiências, vivências diárias e agregando valores dentro de nossa grande bagagem chamada vida.
Afinal, como cita o filósofo e teólogo Mario Sérgio Cortella: "Não nascemos prontos!". Não somos um eletrodoméstico que vai se gastando, somos seres humanos que vão se aperfeiçoando. A cada dia somos nossa mais nova edição, revisada e por vezes ampliada. Pensávamos de uma outra forma num passado não muito distante, agíamos de outra forma para as mais diversas situações que a vida nos impunha. Hoje também, e para melhor! É natural, é normal e é maravilhoso.

Deixemos de lado, então, nossas insatisfações, frustrações e demais cargas que nos assombram ao chegar na meia-idade. Estejamos abertos para o novo, para o inesperado, para aquilo que a vida reservou para tirarmos proveito. E, se por um acaso a crise da meia-idade te pegar, ligue para um amigo, convide-o para tomar uma cerveja, um suco, uma tubaina, jogue conversa fora, passeie com seu cachorro, brinque com seu filho! Afinal, sua vida está apenas começando.